quarta-feira, 4 de março de 2009

Estava eu a me sentir absurdamente sozinha como se o mundo todo ao redor resolverá que estava na hora de deitar e só você estava sem sono...eu queria chorar até soluçar...queria que você abafasse minhas lágrimas bem no seu braço, em seu abraço...queria comer um balde de pipoca vendo filme apaixonado daqueles bem água-com-açúcar...queria me jogar debaixo do chuveiro e sentir a lágrima rolando misturada com a água gelada de noite de verão...

Mas eu não fiz nada. Fiquei esperando tudo se preencher novamente e eu parar de me achar no infinito vazio. Não sei se vocês sabem do que eu digo, mas há momentos em que toda a ajuda psicológica do mundo não resolve nada. Você só quer abrir a boca e chorar e ter uma mão ali pra apertar a sua e ter um ombro do lado pra você enfiar a cara e sair de lá vermelha e inchada depois de muita lágrima derramada...e daí nessa hora só o tédio se instala. Você se aborrece de ter sempre menos do que todo o mundo parece ter, menos do que aquilo que deseja. Então, começa a pensar que talvez mereça coisa melhor, não porque aprendeu a amar a si mesma, ou por ter aprendido a usar melhor a maquiagem ou por ter perdido todos aqueles quilos que você insistia em dizer que estavam em excesso, mas simplesmente porque ficou entediada. Entediada com o mesmo tipo de sofrimento repetido ad infinitum.

Foi isso que aconteceu comigo, eu acho.

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